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sexta-feira, 20 de maio de 2011

A LÍBIA E A HIPOCRISIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS

O que se passa na Líbia e a reacção da “comunidade internacional” (alguém sabe o que isso é?), é a prova acabada da refinada hipocrisia que preside às relações entre as entidades políticas sejam elas quais forem.

E, outrossim, da desorientação que grassa no chamado mundo ocidental, nomeadamente entre os países que fazem parte da NATO e da UE.

Os cerca de milhão e setecentos mil Km2, de pedra e areia, com uma orla marítima mediterrânica de 1770 km, onde se amontoam 90% dos seus 6 milhões de habitantes (cerca de 25% de emigrantes), não apresenta qualquer estrutura que possa permitir constituir um país. A Nação é inexistente e o Estado uma espécie de estado-maior de poder unipessoal, espraiado por uma rede tentacular de nepotismo familiar e étnica. O país é tribal, isto é, constituído por descendentes de 140 tribos árabes e outras berberes, hoje os Tuaregues . Aquilo que os une são as fronteiras coloniais da antiga Tripolitanea e Cirenaica, que a Itália pré fascista conquistou, em 1911, e continuou a administrar a custo, até à independência da Líbia decretada, em 1952, no seio das Nações Unidas. O único cimento comum é a religião muçulmana que, no espaço em questão, não apresenta cisões de vulto.

Kadhafi está no poder há 40 anos, data assinalada com pompa e circunstância em tendas luxuosas visitadas pelos grandes do mundo.

Quando jovem oficial, Kadafi liderou um golpe de estado, em 1969, que se impôs a uma anquilosada monarquia liderada pelo Rei Idris I, antigo líder religioso dos Sanusis, povo que mais se opôs ao domínio italiano. No poder, substituiu os sucessores de Beis e Califas por uma ditadura pessoal de contornos difusos que procurou sustentar com uma doutrina excêntrica saída de uma noite de insónia e colorida a verde.

Os países do mundo e a solidariedade árabe/muçulmana, acomodaram-se à coisa como, de resto, se acomodam a tudo.

O novo grande líder, fogoso como era, de matriz marxista e fundamentalista muçulmano, decidiu apoiar as causas dos “oprimidos” e passou a destilar ódio aos povos do Ocidente cujos governos culpava dos males do mundo.

Não lhe chegando o palco mediático e a acção político – diplomática, o que estaria no seu direito, decidiu apoiar, de motu próprio, a acção de outras organizações empenhadas em acções de terrorismo internacional.

O evento mais espectacular ocorreu com o atentado bombista ao voo 103 da PANAM, que se despenhou na Escócia, em Dezembro de 1988. Morreram 270 pessoas que, porventura, nem sabiam apontar no mapa onde ficava a Líbia.

Fartos de aturar as diatribes de tão original personagem, dois estadistas de rara coragem política – Reagan e Tatcher, decidiram bombardear pelo ar, vários alvos na Líbia, a começar no alvo número um que era o próprio Kadhafi. Corria o ano de 1986.

Morreram umas quantas pessoas, mas não o dito cujo. Nessa altura não pediram autorização a ninguém a não ser para sobrevoo. A Força Aérea Portuguesa mandou descolar aparelhos de alerta, a fim de escoltarem alguns destes voos, quando passavam ao largo da nossa costa. Convém que esta gente saiba que isto aqui não é terra de ninguém…

Votaram-se, então, sanções económicas contra a Líbia que foram em geral cumpridas, sobretudo pelo mundo ocidental (Resolução nº 748 de 31/3/92).

O povo líbio manteve-se pobre e calado e toda esta situação veio reforçar o controle interno do regime, incluindo o reforço em meios militares.

Acontece que a Líbia é o 4º produtor africano de hidrocarbonetos dispondo, porém, das maiores reservas de todo o continente. O desenvolvimento lento da indústria extractiva (iniciada em 1961) e o cada vez maior apetite que os mercados internacionais têm por petróleo e gás natural, não eram compatíveis com a quarentena líbia. Quando Saddam caiu no Iraque, em 2003, Kadhafi desistiu do seu programa de armas de destruição maciça e pagou três biliões de dólares às famílias dos que morreram no voo da Pan Am e de um outro (UTA Flight). O namoro começou, então, de todos os lados. O embargo foi levantado, Kadhafi admitiu a responsabilidade nalgumas vilanias que cometeu e os negócios floresceram. Portugal foi na onda.

As visitas sucediam-se e eram só sorrisos e abraços. O grande líder (e seus rebentos) continuavam a fazer tropelias e a dizer enormidades, mas tudo se lhes passou a admitir.

Na véspera da actual “revolta”, as exportações de petróleo e gás já representavam 10% das necessidades europeias, além de que a UE lhe passou a pagar uma soma considerável para ele não deixar os emigrantes clandestinos passarem do seu território para a margem norte do mare nostrum. Na Líbia desabaram milhares de técnicos, empresas, toda a casta de produtos e … muito armamento. Armamento que agora aqueles que o venderam, querem destruir! Um “filme” continuadamente em reposição, agora em tecnicolor e quase por antecipação desde que criaram a CNN!

Na sequência da revolta popular na Tunísia e Egipto (partindo do principio que não há mais nada por detrás…), elementos de uma das “tribos” estranhas ao clã Kadhafi, revoltaram-se em Bengasi (bem longe de Tripoli!) e revelaram o seu desejo de afastar o concorrente discursivo de Fidel de Castro, para longe dos bunkers onde se refugia.

A partir daqui os eventos precipitaram-se.

Esquecendo-se que a realidade social na Líbia não era idêntica ao Egipto e Tunísia e que ao contrário daqueles países não existia um exército nacional (que por enquanto têm conseguido controlar os acontecimentos), mas sim um corpo mercenário de segurança pessoal, os principais lideres dos países ocidentais puseram-se logo ao lado dos revoltosos excomungando liminarmente o “louco” Kadhafi com quem aliás, almoçavam na véspera. Nisto foram coadjuvados pela esmagadora maioria dos jornalistas que cobriam os eventos.

Alguns lideres que nos habituámos a ver tão moderados, até perante situações mais graves, decretaram urbi et urbi, o fim de Kadhfi e do seu regime, de novo transformado em eixo do mal. A França, à revelia da UE (aliás de tudo e todos), reconheceu diplomaticamente um poder desconhecido, em Bengasi…

O governo de Lisboa foi na onda guardando distâncias.

A Liga Árabe baralhada com tudo o que vai acontecendo de Marrocos ao Iémen, nem sabe o que há-de fazer.

Parecia que as coisas estavam a correr bem para os revoltosos e que aquela espécie de milícias circenses ululantes e de pé descalço, que rumavam a Oeste, rapidamente tomariam Tripoli.

No Conselho de Segurança (CS) pensava-se em sanções e congelamento de contas e bens.

Mas a Kadhafi não faltavam fiéis (a sua tribo à cabeça), armas e dinheiro. E o que lhe faltava em soldados passou a sobrar-lhe em mercenários. Quando conseguiu pôr alguma ordem nas hostes (ou o filho mais mediático, por ele), desatou a malhar nos que se lhes opunham, fechou a fronteira com a Tunísia e começou a empurrar perigosamente a tribo de Bengasi para o deserto egípcio.

Aqui soaram as campainhas de alarme em Washington e nalgumas capitais europeias. Desenhou-se uma zona de interdição aérea, mas russos e chineses opunham-se. Até que, In extremis, na sexta-feira, dia 18/3, com as forças de Kadhafi às portas de Bengasi, o CS aprovou a Resolução nº 1973, que permitia “todas as acções necessárias à protecção de civis”.

De imediato navios e aviões americanos, ingleses e franceses, previamente posicionados, começaram a pulverizar alvos das forças do ditador líbio, com bombas e mísseis.

Mais uma vez os franceses se adiantaram para serem os primeiros e existem fortes dúvidas se efectuaram o primeiro ataque ainda antes da resolução do CS ter entrado em vigor.

Não se percebe o que terá levado russos e chineses a absterem-se na votação, permitindo os ataques e agora, depois destes terem ocorrido, virem pedir que parem…

Aliás a resolução, que contém 95% de palha e 5% de substância, é vaga quanto a esta última. De facto é imprecisa quanto ao âmbito e objectivo; quem pode intervir, durante quanto tempo, etc. Ou seja, permite que qualquer país no mundo vá lá molhar a sopa e se queira posicionar para reclamar eventuais dividendos quando o fumo dissipar.

E, pelos vistos, estabelecer uma zona de exclusão aérea e proteger civis (o que será um civil naquelas circunstâncias?) tem tido um entendimento bastante alargado…

Ao fim de três dias os únicos países que se decidiram a largar armamento sobre as forças de Kadhafi, os EUA, a GB e a França, aparentemente desentenderam-se, não se sabe bem porquê. Como a NATO e a UE não se entendem como intervir e a Liga Árabe começou a virar o bico ao prego, o comando conjunto tem que ser estabelecido com as três potências belicosas para não começarem a disparar cada um para seu lado. A Alemanha pôs-se de fora, sem explicar muito bem porquê. Mais uma vez a França faz o que costuma, que é baralhar tudo e ter espirros de personalidade relativamente a ingleses e americanos. Não se entende muito bem os objectivos da operação: eliminar Kadhafi? Levar os rebeldes ao poder? Parar o fluxo migratório para a Europa? Ganhar contratos após a “crise” ter passado? E o que fará correr Sarkozy? Não deixar que se conheça a extensão do eventual financiamento da sua última campanha eleitoral, por parte do líder líbio? Obter proeminência na UE? Afastar os EUA de África (quintal das traseiras europeu) como os EUA afastam os europeus do continente americano?

Muitas perguntas se levantam, porém: como reagirão os russos e chineses, se o assunto voltar ao CS? Como irá reagir a rua Árabe? E a Liga Árabe? Como reagirão os núcleos de emigrantes muçulmanos na Europa? Porque é que se ataca o governo líbio e não se atacam os governos do Bahrein e do Iémen, por exemplo? Há dois pesos e duas medidas? Porque é que os governos do Irão e de Israel, até agora não emitiram um som?

O que se passa na Líbia é um prenúncio de guerra civil, a mais cruel de todas as guerras. À partida ninguém se deve imiscuir numa guerra civil (a não ser que um interesse vital de uma potência, normalmente um vizinho esteja em perigo). Havendo envolvimento internacionaliza-se o conflito e ninguém sabe onde vai parar!...

Tudo isto parece profundamente errado e aleatório.

Por uma vez, parece que o governo português se resguardou – embora não fique bem votar a resolução do CS e depois pôr-se de fora da sua aplicação. Aliás o governo português não tem dinheiro para mandar cantar um cego e um dia destes terá apenas uma existência virtual. Mas o povo português, além de ter de aprender rapidamente a escolher o sistema político e os políticos para se bem governar, deve relembrar uma máxima que aprenderam ao longo dos séculos e que é esta: nós não podemos confiar verdadeiramente em ninguém, na cena internacional. E devemos contar, sobretudo, com nós próprios.

Imaginem, por um momento, que uma qualquer coligação intentava uma acção semelhante contra Portugal…



MORRO com a PÁTRIA !!!! (SERMÃO de DOMINGO )

SERMÃO de DOMINGO "MORRO com a PÁTRIA"

(Luís de Camões, 10 de Junho de 1580, após o desastre de Alcácer Quibir)

A história parece repetir-se, só que - agora - a morte da Pátria vem-se anunciando já há alguns anos, portanto vem sendo uma morte lenta, consequência - não da perda de uma batalha nas escaldantes areias africanas - mas de um somatório de condenáveis atos e desacatos, de omissões e confusões, de vontades e irresponsabilidades, que a NAÇÃO não impediu por cegueira, comodismo ou "interesse", pois há muito vem sendo avisada por pessoas corajosas e frontais como Medina Carreira e Mário Crespo (por exemplo, não desmerecendo de muitos outros), para não falar dos sérios, claros e graves alertas da Sra. Ferreira Leite, não apenas ao longo de seu mandato como, principalmente, aquando da campanha eleitoral de 2009. Com tal alheamento, o povo português parece querer dar razão a Guerra Junqueiro e Fernando Pessoa, quando a ele se referem, acintosamente.

Os idealizadores da União Europeia não estavam à altura de tão grande tarefa, talvez por ignorarem que - na prática - a teoria é outra, exactamente por serem, na esmagadora maioria políticos que - de política = arte e ciência de governar - tinham conhecimento, apenas, das lutas dentro de seus partidos e pela liderança, onde literalmente "se comem" uns aos outros, faltando-lhes o esforço e a prática da criação de riqueza NO DIA a DIA, o SABER DE EXPERIÊNCIA FEITO da administração de bens materiais e humanos, do ganho do próprio salário e do lucro obtido em actividades produtivas, indispensável para cobrir as despesas próprias, muito diferente de aplicar impostos e viver À CUSTA de quem os paga, quase sempre cidadãos modestos, honestos e trabalhadores vivendo humildemente - se NÃO MISERAVELMENTE - para que seus governantes exibam e esbanjem, desperdicem e gastem à vontade, cegamente, até criminosamente.

Trocaram os governantes portugueses a frota e o direito de pesca por subsídios, ou seja, permitiram a desmobilização de uma milenar actividade produtiva à custa de ESMOLAS, não curando de providenciar a sua substituição por outra, nem sequer de saber ATÉ QUANDO tal troca seria sustentável, incentivando, assim, o DULCE FAR NIENTE, a preguiça, a indolência, que alastrou como praga, o mesmo acontecendo com a pequena agricultura, com a viti-vinicultura (arrancadas as cepas, também com SUBSÍDIO), com a criação de animais domésticos, com a pecuária e com um sem número de milenares actividades QUE DESDE SEMPRE SUSTENTARAM O POVO E ENOBRECERAM A NAÇÃO, tornada dependente e MENDIGANTE com as novas regras, com a cultura da ESMOLA, com o hábito do subsídio, COM A DEPENDÊNCIA DA UNIÃO PARA COMER (80%), PARA TRABALHAR, PARA VIVER (menos) DIGNAMENTE.

Mal governada, mergulhada em "PÂNTANOS", vendo governos e governantes renunciar a meio dos mandatos para se livrarem do peso do fardo que não eram capazes de carregar, mas também para alcançar sinecuras nessa mesma U N I Ã O, também ela SEM GOVERNO ou, pelo menos, com governo ou governos incapazes de prever para PROVER, o que mais que provado está, bastando olhar a gravíssima crise actual, fruto dessa falta de previsão, mas ainda e também, do esbanjar de proventos e riquezas, da criação de estruturas caríssimas, inoperantes e insustentáveis, da falta de planeamento e - acima de tudo - de fiscalização de governos incompetentes, demagógicos, aventureiros, incapazes. A criação de Camões que foi o "VELHO do RESTELO" vem sendo mal vista e pior interpretada, pois "o velho de aspecto venerando" simboliza a prudência e o bom senso, a seriedade e a sabedoria, a experiência e a vivência, ATRIBUTOS MUITO RAROS NOS POLÍTICOS QUE NOS ÚLTIMOS TEMPOS NOS TÊM (DES)GOVERNADO.


MORRENDO COM A PÁTRIA, Camões falecia inocente e de desgosto, ao contrário daqueles que primeiro trataram de A LIQUIDAR para depois espernear recusando-se a com ela ser enterrados, não entendendo que JÁ BASTA o mal que lhe fizeram, já CHEGA o prejuízo que lhe causaram, JÁ É DEMAIS o DANO provocado a PESSOAS e BENS, à MORAL e aos COSTUMES, ao PRESTÍGIO e à TRANQUILIDADE de uma NAÇÃO com quase UM MILÉNIO de história, que é também o mais antigo ESTADO da UNIÃO em sua forma actual, depois de ter sido o GRANDE DESCOBRIDOR de povos e FUNDADOR de NAÇÕES e de ter dado ao MUNDO um Fernão de Magalhães, iniciador da GLOBALIZAÇÃO, autor que foi da primeira VOLTA ao MUNDO, nos tempos em que este ainda vivia na ESCURIDÃO, no ISOLAMENTO e na BARBÁRIE.

Quero agardecer a todos os Politicos, mesmo todos, aqueles  que tornaram este País naquilo que é deste 25 de Abril de 1974.... Obrigado á Democracia do Parlamento Português e aos chulos que lá estão e aqueles que querem para lá ir...


sábado, 23 de abril de 2011

Carta aberta a todos os POLITICOS de Portugal . Do Mrpp ao Mirn.



Sou um cidadão que trabalha, paga impostos, para que o Sr. e todos os restantes políticos de Portugal andem na boa vida.

Há dias, ouvi o Sr Dr. Mário Soares, doutamente, nas TV's, a avisar o povo português para que não se pusesse com greves, porque ainda ia ser pior.

Depois ouvi o Sr. António José Seguro, revoltar-se contra os impostos e colocar-se ao lado do povo.


Ouvi o Sr. perguntar onde estava a alternativa ao aumento de impostos, e aqui estou eu para lhe dar a alternativa.

Como o Sr. Mário Soares pediu que alguém lhe desse a alternativa à subida de impostos, aqui lhe deixo 10 medidas que me vieram à cabeça assim, de repente:

1 - Acabar com as pensões vitalícias e restantes mordomias de todos os ex-presidentes da República (os senhores foram PR's, receberam os seus salários pelo serviço prestado à Pátria, não têm de ter benesses por esse facto);

2 - Acabar com as pensões vitalícias e / ou pensões em vigor dos primeiros-ministros, ministros, deputados e outros quadros (os Srs deputados receberam o seu ordenado aquando da sua actividade como deputado, não têm nada que ter pensões vitalícias nem serem reformados ao fim de 12 anos; quando muito recebem uma percentagem na reforma, mas aos 65 anos de idade como os restantes portugueses - veja-se o caso do Sr. António Seguro que na casa dos 40 anos de idade já tem direito a reforma da Assembleia da República);

3 - Reduzir o nº de deputados para 100;

4 - Reduzir o nº de ministérios e secretarias de estado, institutos e outras entidades criadas artificialmente, algumas desnecessárias e muitas vezes até redundantes, apenas para dar emprego aos "boys";

5 - Acabar com as mordomias na Assembleia da República e no Governo, e ao invés de andarem em carros de luxo, andarem em viaturas mais baratas, ou de transportes públicos, como nos países ricos do Norte da Europa (no dia em que se anunciou o aumento dos impostos por falta de dinheiro, o Estado adquiriu uma viatura na ordem dos 140 mil ? para os VIP's que nos visitarão);

6 - Acabar com os subsídios de reintegração social atribuídos aos vereadores, aos presidentes de Câmara, e outras entidades (multiplique-se o número de vereadores existentes pelo número de municípios e veja-se a enormidade e imoralidade que por aí grassa);

7 - Acabar com as reformas múltiplas, sendo que um cidadão só poderá ter uma única reforma (ao invés de duas e três, como muitos têm);

8 - Criar um tecto para as reformas, sendo que nenhuma poderá ser maior que a do PR;

9 - Acabar com o sigilo bancário;

10 - Criar um quadro da administração do Estado, de modo a que quando um governo mude, não mudem centenas de lugares na administração do Estado;


Com estas simples 10 medidas, a classe política que vai desgraçando o nosso amado Portugal, daria o exemplo e deixaria um sinal inequívoco de que afinal, vale a pena fazer sacrifícios, e que o dinheiro dos portugueses não é esbanjado em Fundações duvidosas, em TGV's, em aeroportos, em obras sumptuosas.

Enquanto isso não acontecer, eu não acredito no Sr. Mário Soares, não acredito no Sr. António Seguro, e não acredito em nenhum político desde o Bloco de Esquerda ao CDS, nem lhes reconheço autoridade moral para dizerem ao povo o que deve fazer.

Em último caso, têm a palavra as Forças Armadas, que têm o ónus de defender o povo português de qualquer agressão externa e / ou interna e que paradoxalmente têm estado em silêncio perante o afundamento de Portugal.

Zé do Povo

Portugal









quinta-feira, 14 de abril de 2011

O FMI está aí !!!!!!! por Medina Carreira

Bom, dado o que está em causa é tão só o futuro dos nossos filhos e a própria sobrevivência da democracia em Portugal, não me parece exagerado perder algum tempo a desmontar a máquina de propaganda dos bandidos que se apoderaram do nosso país. Já sei que alguns de vós estão fartos de ouvir falar disto e não querem saber, que sou deprimente, etc, mas é importante perceberem que o que nos vai acontecer é, sobretudo, nossa responsabilidade porque não quisemos saber durante demasiado tempo e agora estamos com um pé dentro do abismo e já não há possibilidade de escapar.

Estou convencido que aquilo a que assistimos nos últimos dias é uma verdadeira operação militar e um crime contra a pátria (mais um). Como sabem há muito que ando nos mercados (quantos dos analistas que dizem disparates nas TVs alguma vez estiveram nos ditos mercados?) e acompanho com especial preocupação (o meu Pai diria obsessão) a situação portuguesa há vários anos. Algumas verdades inconvenientes não batem certo com a "narrativa" socialista há muito preparada e agora posta em marcha pela comunicação social como uma verdadeira operação de PsyOps, montada pelo círculo íntimo do bandido e executada pelos jornalistas e comentadores "amigos" e dependentes das prebendas do poder (quase todos infelizmente, dado o estado do "jornalismo" que temos).

Ora acredito que o plano de operações desta gente não deve andar muito longe disto:

Narrativa: Se Portugal aprovasse o PEC IV não haveria nenhum resgate.

Verdade: Portugal já está ligado à máquina há mais de 1 ano (O BCE todos os dias salva a banca nacional de ter que fechar as portas dando-lhe liquidez e compra obrigações Portuguesas que mais ninguém quer – senão já teriamos taxas de juro nos 20% ou mais). Ora esta situação não se podia continuar a arrastar, como é óbvio. Portugal tem que fazer o rollover de muitos milhares de milhões em dívida já daqui a umas semanas só para poder pagar salários! Sócrates sabe perfeitamente que isso é impossível e que estávamos no fim da corda. O resto é calculismo político e teatro. Como sempre fez.
Narrativa: Sócrates estava a defender Portugal e com ele não entrava cá o FMI.

Verdade: Portugal é que tem de se defender deste criminoso louco que levou o país para a ruína (há muito antecipada como todos sabem). A diabolização do FMI é mais uma táctica dos spin doctors de Sócrates. O FMI fará sempre parte de qualquer resgate, seja o do mecanismo do EFSF (que é o que está em vigor e foi usado pela Irlanda e pela Grécia), seja o do ESM (que está ainda em discussão entre os 27 e não se sabe quando, nem se, nem como irá ser aprovado).

Narrativa: Estava tudo a correr tão bem e Portugal estava fora de perigo mas vieram estes "irresponsáveis" estragar tudo.

Verdade: Perguntem aos contabilistas do BCE e da Comissão que cá estiveram a ver as contas quanto é que é o real buraco nas contas do Estado e vão cair para o lado (a seu tempo isto tudo se saberá). Alguém sinceramente fica surpreendido por descobrir que as finanças públicas estão todas marteladas e que os papéis que os socráticos enviam para Bruxelas para mostrar que são bons alunos não têm credibilidade nenhuma? E acham que lá em Bruxelas são todos parvos e não começam a desconfiar de tanto óasis em Portugal? Recordo que uma das razões pela qual a Grécia não contou com muita solidariedade alemã foi por ter martelado as contas sistematicamente, minando toda a confiança. Acham que a Goldman Sachs só fez swaps contabilísticos com Atenas? E todos sabemos que o engº relativo é um tipo rigoroso, estudioso e duma ética e honestidade à prova de bala, certo?
Narrativa: Os mercados castigaram Portugal devido à crise política desencadeada pela oposição. Agora, com muita pena do incansável patriota Sócrates, vem aí o resgate que seria desnecessário.
Verdade: É óbvio que os mercados não gostaram de ver o PEC chumbado (e que não tinha que ser votado, muito menos agora, mas isso leva-nos a outro ponto), mas o que eles querem saber é se a oposição vai ou não cumprir as metas acordadas à socapa por Sócrates em Bruxelas (deliberadamente feito como se fosse uma operação secreta porque esse aspecto era peça essencial da sua encenação). E já todos cá dentro e lá fora sabem que o PSD e CDS vão viabilizar as medidas de austeridade e muito mais. É impressionante como a máquina do governo conseguiu passar a mensagem lá para fora que a oposição não aceitava mais austeridade. Essa desinformação deliberada é que prejudica o país lá fora porque cria inquietação artificial sobre as metas da austeridade. Mesmo assim os mercados não tiveram nenhuma reacção intempestiva porque o que os preocupa é apenas as metas. Mais nada. O resto é folclore para consumo interno. E, tal como a queda do governo e o resgate iminente não foram surpresa para mim, também não o foram para os mercados, que já contavam com isto há muito (basta ver um gráfico dos CDS sobre Portugal nos últimos 2 anos, e especialmente nos últimos meses). Porque é que os media não dizem que a bolsa lisboeta subiu mais de 1% no dia a seguir à queda? Simples, porque não convém para a narrativa que querem vender ao nosso povo facilmente manipulável (julgam eles depois de 6 anos a fazê-lo impunemente).
Bom, há sempre mais pontos da narrativa para desmascarar mas não sei se isto é útil para alguém ou se é já óbvio para todos. E como é 5ª feira e estou a ficar irritado só a escrever sobre este assunto termino por aqui. Se quiserem que eu vá escrevendo mais digam, porque isto dá muito trabalho.





Portugal’s Unnecessary Bailout

PORTUGAL’S plea for help with its debts from the International Monetary Fund and the European Union last week should be a warning to democracies everywhere.


The crisis that began with the bailouts of Greece and Ireland last year has taken an ugly turn. However, this third national request for a bailout is not really about debt. Portugal had strong economic performance in the 1990s and was managing its recovery from the global recession better than several other countries in Europe, but it has come under unfair and arbitrary pressure from bond traders, speculators and credit rating analysts who, for short-sighted or ideological reasons, have now managed to drive out one democratically elected administration and potentially tie the hands of the next one.

If left unregulated, these market forces threaten to eclipse the capacity of democratic governments — perhaps even America’s — to make their own choices about taxes and spending.

Portugal’s difficulties admittedly resemble those of Greece and Ireland: for all three countries, adoption of the euro a decade ago meant they had to cede control over their monetary policy, and a sudden increase in the risk premiums that bond markets assigned to their sovereign debt was the immediate trigger for the bailout requests.

But in Greece and Ireland the verdict of the markets reflected deep and easily identifiable economic problems. Portugal’s crisis is thoroughly different; there was not a genuine underlying crisis. The economic institutions and policies in Portugal that some financial analysts see as hopelessly flawed had achieved notable successes before this Iberian nation of 10 million was subjected to successive waves of attack by bond traders.

Market contagion and rating downgrades, starting when the magnitude of Greece’s difficulties surfaced in early 2010, have become a self-fulfilling prophecy: by raising Portugal’s borrowing costs to unsustainable levels, the rating agencies forced it to seek a bailout. The bailout has empowered those “rescuing” Portugal to push for unpopular austerity policies affecting recipients of student loans, retirement pensions, poverty relief and public salaries of all kinds.

The crisis is not of Portugal’s doing. Its accumulated debt is well below the level of nations like Italy that have not been subject to such devastating assessments. Its budget deficit is lower than that of several other European countries and has been falling quickly as a result of government efforts.

And what of the country’s growth prospects, which analysts conventionally assume to be dismal? In the first quarter of 2010, before markets pushed the interest rates on Portuguese bonds upward, the country had one of the best rates of economic recovery in the European Union. On a number of measures — industrial orders, entrepreneurial innovation, high-school achievement and export growth — Portugal has matched or even outpaced its neighbors in Southern and even Western Europe.

Why, then, has Portugal’s debt been downgraded and its economy pushed to the brink? There are two possible explanations. One is ideological skepticism of Portugal’s mixed-economy model, with its publicly supported loans to small businesses, alongside a few big state-owned companies and a robust welfare state. Market fundamentalists detest the Keynesian-style interventions in areas from Portugal’s housing policy — which averted a bubble and preserved the availability of low-cost urban rentals — to its income assistance for the poor.

A lack of historical perspective is another explanation. Portuguese living standards increased greatly in the 25 years after the democratic revolution of April 1974. In the 1990s labor productivity increased rapidly, private enterprises deepened capital investment with help from the government, and parties from both the center-right and center-left supported increases in social spending. By the century’s end the country had one of Europe’s lowest unemployment rates.



In fairness, the optimism of the 1990s gave rise to economic imbalances and excessive spending; skeptics of Portugal’s economic health point to its relative stagnation from 2000 to 2006. Even so, by the onset of the global financial crisis in 2007, the economy was again growing and joblessness was falling. The recession ended that recovery, but growth resumed in the second quarter of 2009, earlier than in other countries.

Domestic politics are not to blame. Prime Minister José Sócrates and the governing Socialists moved to cut the deficit while promoting competitiveness and maintaining social spending; the opposition insisted it could do better and forced out Mr. Sócrates this month, setting the stage for new elections in June. This is the stuff of normal politics, not a sign of disarray or incompetence as some critics of Portugal have portrayed it.

Could Europe have averted this bailout? The European Central Bank could have bought Portuguese bonds aggressively and headed off the latest panic. Regulation by the European Union and the United States of the process used by credit rating agencies to assess the creditworthiness of a country’s debt is also essential. By distorting market perceptions of Portugal’s stability, the rating agencies — whose role in fostering the subprime mortgage crisis in the United States has been amply documented — have undermined both its economic recovery and its political freedom.

In Portugal’s fate there lies a clear warning for other countries, the United States included. Portugal’s 1974 revolution inaugurated a wave of democratization that swept the globe. It is quite possible that 2011 will mark the start of a wave of encroachment on democracy by unregulated markets, with Spain, Italy or Belgium as the next potential victims.

Americans wouldn’t much like it if international institutions tried to tell New York City, or any other American municipality, to jettison rent-control laws. But that is precisely the sort of interference now befalling Portugal — just as it has Ireland and Greece, though they bore more responsibility for their fate.

Only elected governments and their leaders can ensure that this crisis does not end up undermining democratic processes. So far they seem to have left everything up to the vagaries of bond markets and rating agencies.

O artigo, assinado por Robert M. Fishman, professor de sociologia na Universidade de Notre Dame e co-autor de um livro sobre o euro, começa por considerar o pedido de resgate português como um aviso para as democracias de todo o mundo.

Para o autor, este pedido de ajuda financeira não tem realmente a ver com a dívida externa. "Portugal teve um forte desempenho económico nos anos 90 e estava a conseguir recuperar da recessão global melhor que vários outros países na Europa, mas foi alvo de uma pressão injusta e arbitrária por parte dos corretores, especuladores e analistas de rating que, por razões ideológicas ou de falta de visão, conseguiram agora expulsar uma administração eleita democraticamente e, potencialmente, deixar a próxima de mãos atadas", lê-se.
Por um lado, o artigo reconhece que as dificuldades nacionais têm semelhanças com as da Grécia e da Irlanda, os dois primeiros países a pedir ajuda externa, decorrentes da adoção da moeda única. Mas naqueles países "o veredito dos mercados refletia problemas económicos facilmente identificáveis". "A crise de Portugal é diferente: Não havia uma crise genuína subjacente. As instituições e políticas económicas em Portugal, que alguns analistas vêem como irremediavelmente cheias de falhas, tiveram um sucesso notável antes deste país ibérico, de 10 milhões, ser submetido a ondas sucessivas de ataques por parte dos corretores".
E continua: "Elevando os custos dos empréstimos para níveis insustentáveis, as agências de rating levaram Portugal a pedir um resgate".
Em defesa das finanças nacionais, este especialista sublinha que a dívida acumulada portuguesa é inferior à de vários países, como a de Itália, que não forem submetidos a "avaliações tão devastadoras". Também o défice "é mais baixo do que de vários outros países europeus e tem estado a cair rapidamente como resultado do esforço do governo".
O autor deixa ainda a pergunta: "A Europa podia ter evitado este resgate?" E explica como: "O Banco Central Europeu podia ter comprado agressivamente títulos portugueses, acabando com o pânico".

E agora... pergunto eu !!!!! Já estou como um dos Capitães de Abril ( Otelo Saraiva de Carvalho) que afirmou recentemente; " - Se fosse para isto acontecer jamais teriamos feito o 25 de Abril de 74" .

Eu cá acho que o homem tem razão... em 35 anos de dita DEMOCRACIA os democratas roubaram o País .... os eleitos, os do Parlamento todos eles roubaram e roubam... são eles que deveriam pagar a crise e depois serem  julgados e presos por danos ao Povo Português. Agora até o Bokassa do Atlântico aparece de mão estendida ao FMI.....

E agora ????  Vamos embora e o último que feche a porta.....




quarta-feira, 6 de abril de 2011

Porque silenciam a ISLÂNDIA?

Porque silenciam a ISLÂNDIA?


(Estamos neste estado lamentável por causa da corrupção interna - pública e privada com incidência no sector bancário - e pelos juros usurários que a Banca Europeia nos cobra.

Sócrates foi dizer à Sra. Merkle - a chanceler do Euro - que já tínhamos tapado os buracos das fraudes e que, se fosse preciso, nos punha a pão e água para pagar os juros ao valor que ela quisesse.

Por isso, acho que era altura de falar na Islândia, na forma como este país deu a volta à bancarrota, e porque não interessa a certa gente que se fale dele.

Não é impunemente que não se fala da Islândia (o primeiro país a ir à bancarrota com a crise financeira) e na forma como este pequeno país perdido no meio do mar, deu a volta à crise.

Ao poder económico mundial, e especialmente o Europeu, tão proteccionista do sector bancário, não interessa dar notícias de quem lhes bateu o pé e não alinhou nas imposições usurárias que o FMI lhe impôs para a ajudar.

Em 2007 a Islândia entrou na bancarrota por causa do seu endividamento excessivo e pela falência do seu maior Banco que, como todos os outros, se afogou num oceano de crédito mal parado. Exactamente os mesmo motivos que tombaram com a Grécia, a Irlanda e Portugal.

A Islândia é uma ilha isolada com cerca de 320 mil habitantes, e que durante muitos anos viveu acima das suas possibilidades graças a estas "macaquices" bancárias, e que a guindaram falaciosamente ao 13º no ranking dos países com melhor nível de vida (numa altura em que Portugal detinha o 40º lugar).

País novo, ainda não integrado na UE, independente desde 1944, foi desde então governado pelo Partido Progressista (PP), que se perpetuou no Poder até levar o país à miséria.

Aflito pelas consequências da corrupção com que durante muitos anos conviveu, o PP tratou de correr ao FMI em busca de ajuda. Claro que a usura deste organismo não teve comiseração, e a tal "ajuda" ir-se-ia traduzir em empréstimos a juros elevadíssimos (começariam nos 5,5% e daí para cima), que, feitas as contas por alto, se traduziam num empenhamento das famílias islandesas por 30 anos, durante os quais teriam de pagar uma média de 350 Euros / mês ao FMI. Parte desta ajuda seria para "tapar" o buraco do principal Banco islandês.

Perante tal situação, o país mexeu-se, apareceram movimentos cívicos despojados dos velhos políticos corruptos, com uma ideia base muito simples: os custos das falências bancárias não poderiam ser pagos pelos cidadãos, mas sim pelos accionistas dos Bancos e seus credores. E todos aqueles que assumiram investimentos financeiros de risco, deviam agora aguentar com os seus próprios prejuízos.

O descontentamento foi tal que o Governo foi obrigado a efectuar um referendo, tendo os islandeses, com uma maioria de 93%, recusado a assumir os custos da má gestão bancária e a pactuar com as imposições avaras do FMI.

Num instante, os movimentos cívicos forçaram a queda do Governo e a realização de novas eleições.

Foi assim que em 25 de Abril (esta data tem mística) de 2009, a Islândia foi a eleições e recusou votar em partidos que albergassem a velha, caduca e corrupta classe política que os tinha levado àquele estado de penúria. Um partido renovado (Aliança Social Democrata) ganhou as eleições, e conjuntamente com o Movimento Verde de Esquerda, formaram uma coligação que lhes garantiu 34 dos 63 deputados da Assembleia). O partido do poder (PP) perdeu em toda a linha.

Daqui saiu um Governo totalmente renovado, com um programa muito objectivo: aprovar uma nova Constituição, acabar com a economia especulativa em favor de outra produtiva e exportadora, e tratar de ingressar na UE e no Euro logo que o país estivesse em condições de o fazer, pois numa fase daquelas, ter moeda própria (coroa finlandesa) e ter o poder de a desvalorizar para implementar as exportações, era fundamental.

Foi assim que se iniciaram as reformas de fundo no país, com o inevitável aumento de impostos, amparado por uma reforma fiscal severa. Os cortes na despesa foram inevitáveis, mas houve o cuidado de não "estragar" os serviços públicos tendo-se o cuidado de separar o que o era de facto, de outro tipo de serviços que haviam sido criados ao longo dos anos apenas para serem amamentados pelo Estado.

As negociações com o FMI foram duras, mas os islandeses não cederam, e conseguiram os tais empréstimos que necessitavam a um juro máximo de 3,3% a pagar nos tais 30 anos. O FMI não tugiu nem mugiu. Sabia que teria de ser assim, ou então a Islândia seguiria sozinha e, atendendo às suas características, poderia transformar-se num exemplo mundial de como sair da crise sem estender a mão à Banca internacional. Um exemplo perigoso demais.

Graças a esta política de não pactuar com os interesses descabidos do neo-liberalismo instalado na Banca, e de não pactuar com o formato do actual capitalismo (estado de selvajaria pura) a Islândia conseguiu, aliada a uma política interna onde os islandeses faziam sacrifícios, mas sabiam porque os faziam e onde ia parar o dinheiro dos seus sacrifícios, sair da recessão já no 3º Trimestre de 2010.

O Governo islandês (comandado por uma senhora de 66 anos) prossegue a sua caminhada, tendo conseguido sair da bancarrota e preparando-se para dias melhores. Os cidadãos estão com o Governo porque este não lhes mentiu, cumpriu com o que o referendo dos 93% lhe tinha ordenado, e os islandeses hoje sabem que não estão a sustentar os corruptos banqueiros do seu país nem a cobrir as fraudes com que durante anos acumularam fortunas monstruosas. Sabem também que deram uma lição à máfia bancária europeia e mundial, pagando-lhes o juro justo pelo que pediram, e não alinhando em especulações. Sabem ainda que o Governo está a trabalhar para eles, cidadãos, e aquilo que é sector público necessário à manutenção de uma assistência e segurança social básica, não foi tocado.

Os islandeses sabem para onde vai cada cêntimo dos seus impostos.

Não tardarão meia dúzia de anos, que a Islândia retome o seu lugar nos países mais desenvolvidos do mundo.

O actual Governo Islandês, não faz jogadas nas costas dos seus cidadãos. Está a cumprir, de A a Z, com as promessas que fez.

Se isto servir para esclarecer uma única pessoa que seja deste pobre país aqui plantado no fundo da Europa, que por cá anda sem eira nem beira ao sabor dos acordos milionários que os seus governantes acertam com o capital internacional, e onde os seus cidadãos passam fome para que as contas dos corruptos se encham até abarrotar, já posso dar por bem empregue o tempo que levei a escrever este artigo.



sábado, 26 de março de 2011

SAUDE MENTAL DOS PORTUGUESES !!!!!!!!


Não é todos os dias que nos deparamos na imprensa com um rasgo de lucidez. Pena que sejam poucos os que vejam as coisas assim.... enfim como elas são!

Pais ou filhos, podem e devem ler porque não vão perder o vosso tempo...


transcrição do artigo do médico psiquiatra Pedro Afonso, publicado no
Público, 2010-06-21

«Alguns dedicam-se obsessivamente aos números e às estatísticas esquecendo que a sociedade é feita de pessoas.

Recentemente, ficámos a saber, através do primeiro estudo epidemiológico nacional de Saúde Mental, que Portugal é o país da Europa com a maior prevalência de doenças mentais na população. No último ano, um em cada cinco portugueses sofreu de uma doença psiquiátrica (23%) e quase metade (43%) já teve uma destas perturbações durante a vida.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque assisto com impotência a uma sociedade perturbada e doente em que violência, urdida nos jogos e na televisão, faz parte da ração diária das crianças e adolescentes. Neste redil de insanidade, vejo jovens infantilizados incapazes de construírem um projecto de vida, escravos dos seus insaciáveis desejos e adulados por pais que satisfazem todos os seus caprichos, expiando uma culpa muitas vezes imaginária. Na escola, estes jovens adquiriram um estatuto de semideus, pois todos terão de fazer um esforço sobrenatural para lhes imprimirem a vontade de adquirir conhecimentos, ainda que estes não o desejem. É natural que assim seja, dado que a actual sociedade os inebria de direitos, criando-lhes a ilusão absurda de que podem ser mestres de si próprios. Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque, nos últimos quinze anos, o divórcio quintuplicou, alcançando 60 divórcios por cada 100 casamentos (dados de 2008). As crises conjugais são também um reflexo das crises sociais. Se não houver vínculos estáveis entre seres humanos não existe uma sociedade forte, capaz de criar empresas sólidas e fomentar a prosperidade. Enquanto o legislador se entretém
maquinalmente a produzir leis que entronizam o divórcio sem culpa, deparo-me com mulheres compungidas, reféns do estado de alma dos ex-cônjuges para lhes garantirem o pagamento da miserável pensão de alimentos.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque se torna cada vez mais difícil, para quem tem filhos, conciliar o trabalho e a família. Nas empresas, os directores insanos consideram que a presença prolongada no trabalho é sinónimo de maior compromisso e produtividade. Portanto é fácil perceber que, para quem perde cerca de três horas nas deslocações diárias entre o trabalho, a escola e a casa, seja difícil ter tempo para os filhos. Recordo o rosto de uma mãe marejado de lágrimas e com o coração dilacerado por andar tão cansada que quase se tornou impossível brincar com o seu filho de três anos.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque a taxa de desemprego em Portugal afecta mais de meio milhão de cidadãos. Tenho presenciado muitos casos de homens e mulheres que, humilhados pela falta de trabalho, se sentem rendidos e impotentes perante a maldição da pobreza. Observo as suas mãos, calejadas pelo trabalho manual, tornadas inúteis, segurando um papel encardido da Segurança Social.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque é difícil aceitar que alguém sobreviva dignamente com pouco mais de 600 euros por mês, enquanto outros, sem mérito e trabalho, se dedicam impunemente à actividade da pilhagem do erário público. Fito com assombro e complacência os olhos de revolta daqueles que estão cansados de escutar repetidamente que é necessário fazer mais sacrifícios quando já há muito foram dizimados pela praga da miséria.

Finalmente, interessa-me a saúde mental de alguns portugueses com responsabilidades governativas porque se dedicam obsessivamente aos números e às estatísticas esquecendo que a sociedade é feita de pessoas. Entretanto, com a sua displicência e inépcia, construíram um
mecanismo oleado que vai inexoravelmente triturando as mentes sãs de um povo, criando condições sociais que favorecem uma decadência neuronal colectiva, multiplicando, deste modo, as doenças mentais.

E hesito em prescrever antidepressivos e ansiolíticos a quem tem o stômago vazio e a cabeça cheia de promessas de uma justiça que se há-de concretizar; e luto contra o demónio do desespero, mas sinto uma inquietação culposa diante destes rostos que me visitam diariamente.»

Agradecemos todos aos Politicos que desde o 25 de Abril se serviram de Portugal e dos seus poderes " Democráticos"  para enriquecer  e não para enriquecer o País.

A Revolução anda no ar ?!




quarta-feira, 16 de março de 2011

Anda no ar e vai descer à Terra... a Revolução!!!


Há cerca de 3 ou 4 meses começaram a dar-se alterações profundas, e de nível global, em 10 dos principais factores que sustentam a sociedade actual. Num processo rápido e radical, que resultará em algo novo, diferente e porventura traumático, com resultados visíveis dentro de 6 a 12 meses... E que irá mudar as nossas sociedades e a nossa forma de vida nos próximos 15 ou 25 anos!
... tal como ocorreu noutros períodos da história recente: no status político-industrial saído da Europa do pós-guerra, nas alterações induzidas pelo Vietname/ Woodstock/ Maio de 68 (além e aquém Atlântico), ou na crise do petróleo de 73.

Façamos um rápido balanço da mudança, e do que está a acontecer aos "10 factores":

1º- A Crise Financeira Mundial : desde há 8 meses que o Sistema Financeiro Mundial está à beira do colapso (leia-se "bancarrota") e só se tem aguentado porque os 4 grandes Bancos Centrais mundiais - a FED, o BCE, o Banco do Japão e o Tesouro Britânico - têm injectado (eufemismo que quer dizer: "emprestado virtualmente à taxa zero") montantes astronómicos e inimagináveis no Sistema Bancário Mundial, sem o qual este já teria ruído como um castelo de cartas. Ainda ninguém sabe o que virá, ou como irá acabar esta história !...

2º- A Crise do Petróleo : Desde há 6 meses que o petróleo entrou na espiral de preços. Não há a mínima ideia/teoria de como irá terminar. Duas coisas são porém claras: primeiro, o petróleo jamais voltará aos níveis de 2007 (ou seja, a alta de preço é adquirida e definitiva, devido à visão estratégica da China e da Índia que o compram e amealham!) e começarão rapidamente a fazer sentir-se os efeitos dos custos de energia, de transportes, de serviços. Por exemplo, quem utiliza frequentemente o avião, assistiu há 2 semanas a uma subida no preço dos bilhetes de... 50% (leu bem: cinquenta por cento). É escusado referir as enormes implicações sociais deste factor: basta lembrar que por exemplo toda a indústria de férias e turismo de massas para as classes médias (que, por exemplo, em Portugal ou Espanha representa 15% do PIB) irá virtualmente desaparecer em 12 meses! Acabaram as viagens de avião baratas (...e as férias massivas!), a inflação controlada, etc...

3º- A Contracção da Mobilidade : fortemente afectados pelos preços do petróleo, os transportes de mercadorias irão sofrer contracção profunda e as trocas físicas comerciais (que sempre implicam transporte) irão sofrer fortíssima retracção, com as óbvias consequências nas indústrias a montante e na interpenetração económica mundial.

4º- A Imigração : a Europa absorveu nos últimos 4 anos cerca de 40 milhões de imigrantes, que buscam melhores condições de vida e formação, num movimento incessante e anacrónico (os imigrantes são precisos para fazer os trabalhos não rentáveis, mas mudam radicalmente a composição social de países-chave como a Alemanha, a Espanha, a Inglaterra ou a Itália). Este movimento irá previsivelmente manter-se nos próximos 5 ou 6 anos! A Europa terá em breve mais de 85 milhões de imigrantes que lutarão pelo poder e melhor estatuto sócio-económico (até agora, vivemos nós em ascensão e com direitos à custa das matérias-primas e da pobreza deles)!

5º- A Destruição da Classe Média : quem tem oportunidade de circular um pouco pela Europa apercebe-se que o movimento de destruição das classes médias (que julgávamos estar apenas a acontecer em Portugal e à custa deste governo) está de facto a "varrer" o Velho Continente! Em Espanha, na Holanda, na Inglaterra ou mesmo em França os problemas das classes médias são comuns e (descontados alguns matizes e diferente gradação) as pessoas estão endividadas, a perder rendimentos, a perder força social e capacidade de intervenção.

6º- A Europa Morreu : embora ainda estejam projectar o cerimonial do enterro, todos os Euro-Políticos perceberam que a Europa moribunda já não tem projecto, já não tem razão de ser, que já não tem liderança e que já não consegue definir quaisquer objectivos num "caldo" de 27 países com poucos ou nenhuns traços comuns!... Já nenhum Cidadão Europeu acredita na "Europa", nem dela espera coisa importante para a sua vida ou o seu futuro! O "Requiem" pela Europa e dos "seus valores" foi chão que deu uvas: deu-se há dias na Irlanda!

7º- A China ao assalto! Contou-me um profissional do sector: a construção naval ao nível mundial comunicou aos interessados a incapacidade em satisfazer entregas de barcos nos próximos 2 anos, porque TODOS os estaleiros navais do Mundo têm TODA a sua capacidade de construção ocupada por encomendas de navios.... da China. O gigante asiático vai agora "atacar" o coração da Indústria europeia e americana (até aqui foi just a joke...). Foram apresentados há dias no mais importante Salão Automóvel mundial os novos carros chineses. Desenhados por notáveis gabinetes europeus e americanos, Giuggiaro e Pininfarina incluídos, os novos carros chineses são soberbos, réplicas perfeitas de BMWs e de Mercedes (eu já os vi!) e vão chegar à Europa entre os 8.000 e os 19.000 euros! E quando falamos de Indústria Automóvel ou Aeroespacial europeia...helás! Estamos a falar de centenas de milhar de postos de trabalhos e do maior motor económico, financeiro e tecnológico da nossa sociedade. À beira desta ameaça, a crise do têxtil foi uma brincadeira de crianças! (Os chineses estão estrategicamente em todos os cantos do mundo a escoar todo o tipo de produtos da China, que está a qualificá-los cada vez mais).

8º- A Crise do Edifício Social : As sociedades ocidentais terminaram com o paradigma da sociedade baseada na célula familiar! As pessoas já não se casam, as famílias tradicionais desfazem-se a um ritmo alucinante, as novas gerações não querem laços de projecto comum, os jovens não querem compromissos, dificultando a criação de um espírito de estratégias e actuação comum...

9º- O Ressurgir da Rússia/Índia : para os menos atentos: a Rússia e a Índia estão a evoluir tecnológica, social e economicamente a uma velocidade estonteante! Com fortes lideranças e ambições estratégicas, em 5 anos ultrapassarão a Alemanha!

10º- A Revolução Tecnológica : nos últimos meses o salto dado pela revolução tecnológica (incluindo a biotecnologia, a energia, as comunicações, a nano tecnologia e a integração tecnológica) suplantou tudo o previsto e processou-se a um ritmo 9 vezes superior à média dos últimos 5 anos!
Eis pois, a Revolução!
Tal como numa conta de multiplicar, estes dez factores estão ligados por um sinal de "vezes" e, no fim, têm um sinal de "igual". Mas o resultado é ainda desconhecido e... imprevisível. Uma coisa é certa: as nossas vidas vão mudar radicalmente nos próximos 12 meses e as mudanças marcar-nos-ão (permanecerão) nos próximos 10 ou 20 anos, forçando-nos a ter carreiras profissionais instáveis, com muito menos promoções e apoios financeiros, a ter estilos de vida mais modestos, recreativos e ecológicos.

Espera-nos o Novo! Como em todas as Revoluções!

Um conselho final: é importante estar aberto e dentro do Novo, visionando e desfrutando das suas potencialidades! Da Revolução! Ir em frente! Sem medo!

Afinal, depois de cada Revolução, o Mundo sempre mudou para melhor!...





segunda-feira, 14 de março de 2011

SERVIR PORTUGAL e não SERVIR-SE de PORTUGAL !!!!!


Era oriundo de famílias aristocráticas e descendente de flamengos.

O pai deixou de lhe pagar os estudos e deserdou-o.

Trabalhou, dando lições de inglês para poder continuar o curso.

Formou-se em Direito.

Foi advogado, professor, escritor, político e deputado.

Foi também vereador da Câmara Municipal de Lisboa.

Foi reitor da Universidade de Coimbra.

Foi Procurador-Geral da República.

Passou cinquenta anos da sua vida a defender uma sociedade mais justa.

Com 71 anos foi eleito Presidente da República.

Disse na tomada de posse: "Estou aqui para servir o país. Seria incapaz de alguma vez me servir dele..."

Recusou viver no Palácio de Belém, tendo escolhido uma modesta casa anexa a este.

Pagou a renda da residência oficial e todo mobiliário do seu bolso.

Recusou ajudas de custo, prescindiu do dinheiro para transportes, não quis secretário, nem protocolo e nem sequer Conselho de Estado.

Foi aconselhado a comprar um automóvel para as deslocações, mas fez questão de o pagar também do seu bolso.

Este SENHOR era Manuel de Arriaga e foi o primeiro Presidente da República Portuguesa.

Parece mesmo o que se passa em PORTUGAL com todos os nossos Politicos , Presidentes , Parlamentares e outros que tais, tudo a mamar  e a renar com o pessoal..... Voçês começam mas é a ficar ARRASCA com um Povo arrasca prestes a Explodir......



quinta-feira, 10 de março de 2011

A Paciência Chinesa na conquista do Capitalismo ???

Entrevista de um professor chinês de economia, sobre a Europa, o Prof. Kuing

Yaman - que viveu em França:

1. A sociedade europeia está em vias de se auto-destruir. O seu modelo
social é muito exigente em meios financeiros. Mas, ao mesmo tempo, os
europeus não querem trabalhar. Só três coisas lhes interessam:
lazer/entretenimento, ecologia e futebol na TV! Vivem, portanto, bem acima
dos seus meios. Porque é preciso pagar estes sonhos de miúdos...

2. Os seus industriais deslocalizam-se porque não estão disponíveis para
suportar o custo de trabalho na Europa, os seus impostos e taxas para
financiar a sua assistência generalizada.

3. Portanto endividam-se, vivem a crédito. Mas os seus filhos não poderão
pagar 'a conta'.

4. Os europeus destruíram, assim, a sua qualidade de vida empobrecendo.
Votam orçamentos sempre deficitários. Estão asfixiados pela dívida e não
poderão honrá-la.

5. Mas, para além de se endividar, têm outro vício: os seus governos
'sangram' os contribuintes. A Europa detém o recorde mundial da pressão
fiscal. É um verdadeiro 'inferno fiscal' para aqueles que criam riqueza.

6. Não compreenderam que não se produz riqueza dividindo e partilhando mas
sim trabalhando. Porque quanto mais se reparte esta riqueza limitada menos
há para cada um. Aqueles que produzem e criam empregos são punidos por
impostos e taxas e aqueles que não trabalham são encorajados por ajudas. É
uma inversão de valores.

7. Portanto o seu sistema é perverso e vai implodir por esgotamento e
sufocação.  A deslocalização da sua capacidade produtiva provoca o
abaixamento do seu nível de vida e o aumento do... da China!

8. Dentro de uma ou duas gerações 'nós' (os chineses) iremos ultrapassá-los.
Eles tornar-se-ão os nossos pobres. Dar-lhes-emos sacas de arroz...

9. Existe um outro cancro na Europa: existem funcionários a mais, um emprego
em cada cinco. Estes funcionários são sedentos de dinheiro público, são de
uma grande ineficácia, querem trabalhar o menos possível e apesar das
inúmeras vantagens e direitos sociais, estão muitas vezes em greve. Mas os
decisores acham que vale mais um funcionário ineficaz do que um
desempregado...

10. Vão (os europeus) direitos a um muro e a alta velocidade...

TODA A VIDA EUROPEIA MORREU EM AUSCHWITZ


Quando leio isto não posso deixar de pensar quanto tempo levará até que não se ofenda ninguém se começarem a dizer que a tragédia do US World Trade Centre nunca aconteceu ?

Verifique o seguinte artigo publicado em Espanha, em 2008.

Nunca veremos este género de artigo na nossa imprensa. Ele ofenderia muitas pessoas.

Algo a considerar (ou a ter em consideração).

Segue-se a cópia de um artigo escrito pelo escritor espanhol Sebastian Vilar Rodriguez , publicado num jornal espanhol, em 15 de Janeiro de 2008.

Não é preciso muita imaginação para extrapolar a mensagem ao resto da Europa e possivelmente ao resto do mundo.

Quando estiver a ler lembre-se que foi num jornal espanhol, datado de terça-feira, 15 de Janeiro de 2008, às 14h 30m.

Desci uma rua em Barcelona, e descobri repentinamente uma verdade terrível. – A Europa morreu em Auschwitz. Matámos seis milhões de Judeus e substituímo-los por 20 milhões de muçulmanos.

Em Auschwitz queimámos uma cultura, pensamento, criatividade, e talento.

Destruímos o povo escolhido, verdadeiramente escolhido, porque era um povo grande e maravilhoso que mudara o mundo.

A contribuição deste povo sente-se em todas as áreas da vida: ciência, arte, comercio internacional, e acima de tudo, como a consciência do mundo. Este é o povo que queimámos.

E debaixo de uma pretensa tolerância, e porque queríamos provar a nós mesmos que estávamos curados da doença do racismo, abrimos as nossas portas a 20 milhões de muçulmanos que nos trouxeram estupidez e ignorância, extremismo religioso e falta de tolerância, crime e pobreza, devido ao pouco desejo de trabalhar e de sustentar as suas famílias com orgulho.

Eles fizeram explodir os nossos comboios, transformaram as nossas lindas cidades espanholas, num terceiro mundo, afogando-as em sujeira e crime.

Fechados nos seus apartamentos recebem, gratuitamente, do governo, eles planeiam o assassinato e a destruição dos seus ingénuos hospedeiros.

E assim, na nossa miséria, trocámos a cultura por ódio fanático, a habilidade criativa, por habilidade destrutiva, a inteligência por subdesenvolvimento e superstição.



Trocámos a procura de paz dos judeus da Europa e o seu talento, para um futuro melhor para os seus filhos, a sua determinação, o seu apego à vida porque a vida é santa, por aqueles que prosseguem na morte, um povo consumido pelo desejo de morte para eles e para os outros, para os nossos filhos e para os deles. Que terrível erro cometido pela miserável Europa.

O total da população islâmica (ou muçulmana) é de, aproximadamente, 1 200 000 000, isto é um bilião e duzentos milhões ou seja 20% da população mundial. Eles receberam os seguintes Prémios Nobel:

Literatura

1988 – Najib Mahfooz



Paz

1978 – Mohamed Anwar El-Sadat

1990 – Elias James Corey

1994 – Yaser Arafat

1999 – Ahmed Zewai



Economia

(ninguém)



Física

(ninguém)



Medicina

1960 – Peter Brian Medawar

1998 – Ferid Mourad



TOTAL: 7 (sete)



O total da população de Judeus é, aproximadamente, 14 000 000, isto é catorze milhões ou seja cerca de 0,02% da população mundial. Eles receberam os seguintes Prémios Nobel:



Literatura

1910 - Paul Heyse

1927 - Henri Bergson

1958 - Boris Pasternak

1966 - Shmuel Yosef Agnon

1966 - Nelly Sachs

1976 - Saul Bellow

1978 - Isaac Bashevis Singer

1981 - Elias Canetti

1987 - Joseph Brodsky

1991 - Nadine Gordimer World



Paz

1911 - Alfred Fried

1911 - Tobias Michael Carel Asser

1968 - Rene Cassin

1973 - Henry Kissinger

1978 - Menachem Begin

1986 - Elie Wiesel

1994 - Shimon Peres

1994 - Yitzhak Rabin



Física

1905 - Adolph Von Baeyer

1906 - Henri Moissan

1907 - Albert Abraham Michelson

1908 - Gabriel Lippmann

1910 - Otto Wallach

1915 - Richard Willstaetter

1918 - Fritz Haber

1921 - Albert Einstein

1922 - Niels Bohr

1925 - James Franck

1925 - Gustav Hertz

1943 - Gustav Stern

1943 - George Charles de Hevesy

1944 - Isidor Issac Rabi

1952 - Felix Bloch

1954 - Max Born

1958 - Igor Tamm

1959 - Emilio Segre

1960 - Donald A. Glaser

1961 - Robert Hofstadter

1961 - Melvin Calvin

1962 - Lev Davidovich Landau

1962 - Max Ferdinand Perutz

1965 - Richard Phillips Feynman

1965 - Julian Schwinger

1969 - Murray Gell-Mann

1971 - Dennis Gabor

1972 - William Howard Stein

1973 - Brian David Josephson

1975 - Benjamin Mottleson

1976 - Burton Richter

1977 - Ilya Prigogine

1978 - Arno Allan Penzias

1978 - Peter L Kapitza

1979 - Stephen Weinberg

1979 - Sheldon Glashow

1979 - Herbert Charles Brown

1980 - Paul Berg

1980 - Walter Gilbert

1981 - Roald Hoffmann

1982 - Aaron Klug

1985 - Albert A. Hauptman

1985 - Jerome Karle

1986 - Dudley R. Herschbach

1988 - Robert Huber

1988 - Leon Lederman

1988 - Melvin Schwartz

1988 - Jack Steinberger

1989 - Sidney Altman

1990 - Jerome Friedman

1992 - Rudolph Marcus

1995 - Martin Perl

2000 - Alan J.. Heeger



Economia

1970 - Paul Anthony Samuelson

1971 - Simon Kuznets

1972 - Kenneth Joseph Arrow

1975 - Leonid Kantorovich

1976 - Milton Friedman

1978 - Herbert A. Simon

1980 - Lawrence Robert Klein

1985 - Franco Modigliani

1987 - Robert M. Solow

1990 - Harry Markowitz

1990 - Merton Miller

1992 - Gary Becker

1993 - Robert Fogel



Medicina

1908 - Elie Metchnikoff

1908 - Paul Erlich

1914 - Robert Barany

1922 - Otto Meyerhof

1930 - Karl Landsteiner

1931 - Otto Warburg

1936 - Otto Loewi

1944 - Joseph Erlanger

1944 - Herbert Spencer Gasser

1945 - Ernst Boris Chain

1946 - Hermann Joseph Muller

1950 - Tadeus Reichstein

1952 - Selman Abraham Waksman

1953 - Hans Krebs

1953 - Fritz Albert Lipmann

1958 - Joshua Lederberg

1959 - Arthur Kornberg

1964 - Konrad Bloch

1965 - Francois Jacob

1965 - Andre Lwoff

1967 - George Wald

1968 - Marshall W. Nirenberg

1969 - Salvador Luria

1970 - Julius Axelrod

1970 - Sir Bernard Katz

1972 - Gerald Maurice Edelman

1975 - Howard Martin Temin

1976 - Baruch S. Blumberg

1977 - Roselyn Sussman Yalow

1978 - Daniel Nathans

1980 - Baruj Benacerraf

1984 - Cesar Milstein

1985 - Michael Stuart Brown

1985 - Joseph L. Goldstein

1986 - Stanley Cohen [& Rita Levi-Montalcini]

1988 - Gertrude Elion

1989 - Harold Varmus

1991 - Erwin Neher

1991 - Bert Sakmann

1993 - Richard J. Roberts

1993 - Phillip Sharp

1994 - Alfred Gilman

1995 - Edward B. Lewis

1996- Lu RoseIacovino



TOTAL: 128 (cento e vinte e oito)

Os judeus não estão a promover lavagens cerebrais a crianças em campos de treino militar, ensinando-os a fazerem-se explodir e causar um máximo de mortes a judeus e a outros não muçulmanos.

Os judeus não “tomam” aviões, nem matam atletas nos Jogos Olímpicos, nem se fazem explodir em restaurantes alemães.

Não há um único judeu que tenha destruído uma igreja. Não há um único judeu que proteste matando pessoas.

Os judeus não traficam escravos, não têm líderes a clamar pela Jihad Islâmica e morte a todos os infiéis.

Talvez os muçulmanos do mundo devessem considerar investir mais numa educação modelo e menos em queixarem-se dos judeus por todos os seus problemas.

Os muçulmanos deviam perguntar o que poderiam fazer pela humanidade antes de pedir que a humanidade os respeite.

Independentemente dos seus sentimentos sobre a crise entre Israel e os seus vizinhos palestinianos e árabes, mesmo que creiamos que há mais culpas na parte de Israel, as duas frases que se seguem realmente dizem tudo:

“Se os árabes depusessem hoje as suas armas não haveria mais violência. Se os judeus depusessem hoje as suas armas não haveria mais Israel” (Benjamin Netanyahu)

Por uma questão histórica, quando o Comandante Supremo das Forças Aliadas, General Dwight Eisenhower, encontrou todas as vítimas mortas nos campos de concentração nazi, mandou que as pessoas ao visitarem esses campos de morte, tirassem todas as fotografias possíveis, e para os alemães das aldeias próximas serem levados através dos campos e que enterrassem os mortos.

Ele fez isto porque disse de viva voz o seguinte:

“Gravem isto tudo hoje. Obtenham os filmes, arranjem as testemunhas, porque poderá haver algum malandro lá em baixo, na estrada da história, que se levante e diga que isto nunca aconteceu.

Recentemente, no Reino Unido, debateu-se a intenção de remover o holocausto do curriculum das suas escolas, porque era uma ofensa para a população muçulmana, a qual diz que isto nunca aconteceu. Até agora ainda não foi retirado do curriculum. Contudo é uma demonstração do

grande receio que está a preocupar o mundo e a facilidade com que as nações o estão a aceitar.

Já passaram mais de sessenta anos depois da Segunda Guerra Mundial na Europa ter terminado.

O conteúdo deste mail está a ser enviado como uma cadeia em memória dos 6 milhões de judeus, dos 20 milhões de russos, dos 10 milhões de cristãos e dos 1 900 padres Católicos que foram assassinados, violados, queimados, que morreram de fome, foram espancados, e humilhados enquanto o povo alemão olhava para o outro lado.



Agora, mais do que nunca, com o Irão entre outros, reclamando que o Holocausto é um mito, é imperativo assegurar-se de que o mundo nunca esquecerá isso.

É intento deste mail que chegue a 400 milhões de pessoas.

Que seja um elo na cadeia-memorial e ajude a distribui-lo pelo mundo.

Depois do ataque ao World Trade Center, quantos anos passarão antes que se diga. “NUNCA ACONTECEU”, porque isso pode ofender alguns muçulmanos nos Estados Unidos?

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Mas Afinal quem era Carlos Castro?????


Há um ditado popular que diz: " mais vale prevenir que remediar"
E isto porquê???
Porque a partir de sábado vamos ter de ter nervos de aço.
O país vai ser avassalado pelo fenómeno Carlos Castro, que Deus tenha a sua alma em paz.

Então... preparem-se!!!! Porque eu, já estou a antever o cenário.

Parece que as suas cinzas afinal irão ser espalhadas pelo nosso país em acções certamente mediáticas!

Aí vão vir as galas repetidas, com de certeza retratos gigantes do homem em pano de fundo, vamos ter de aturar as figuras públicas do costume e ainda os bicharocos Herman José, Goucha, a Maya, a Fátima Lopes a Júlia Pinheiro ( os tais desenvergonhados que ganham 50 000 Euros / mês e o povo ainda aplaude, em vez de boicotar os shows deles na tv) e tudo o mais que está ligado ao mundo da homosexualidade e da bisbilhotice / intriga.
E ainda vamos ter direito a ver alguns políticos, os quais agradecerão aos céus, haver um acontecimento como este que mantenha ao menos o povo entretido e longe da revolta interior que vem crescendo dia após dia.

Mas afinal quem era Carlos Castro??

Um homem que era um jornalista que vivia à custa da bisbilhotice da vida alheia, no pântano lisboeta, um homosexual que fomentou as práticas homosexuais nos nossos jovens, aqui no Porto foi responsável pela abertura de um antro de homosexualidade chamado Boyz are Us, na Cordoaria, onde jovens a partir dos 15 anos são incitados ás práticas homosexuais, numa discoteca decadente, onde curiosamente a ASAE ou a PJ nunca fizeram razias, nem controle de identidades ou busca de menores.

Foi um jornalista que destruiu muita gente com os seus comentários venenosos da vida alheia, um homem que poderá ter desviado um rapaz de 20 anos para Nova Iorque, com falsas promessas de fama e deslumbramento.

Um homem responsável pelas galas dos travestis e de outras bicharocas. Um devasso!

Um idoso depravado, cuja falta não faz mesmo falta à Nação!

Este tipo de indivíduos e seu séquito são como o bolor, instalam-se em tudo o que é sítio e se não arejarmos o País multiplicam-se, que é o que está a acontecer.
Façam uma pesquisa aos meios da moda, modelos, meios do cinema, teatro, escolas de cinema e de artes
O panorama é desolador!

Só jovens bichas,

Carlos Castro ao menos pode descansar em paz, pois a sua obra deu frutos!

As gerações mais novas estão a ficar uma " cambada de paneleiros "

Preparem-se pois, para os próprios capítulos da novela " O meu nome é Carlos Castro, o novo herói de Portugal"

E o povo gosta…! O povo é sereno ! O Povo é sereno.... resta saber até quando????

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Roubados pelo custo de manter os Deputados e a Assembleia.

Diário da República nº 28 - I série- datado de 10 de Fevereiro de 2010 - RESOLUÇÃO da Assembleia da República nº 11/2010.


Poderão aceder através do site http://WWW.dre.pt

Algumas rubricas do orçamento da Assembleia da Republica

1 - Vencimento de Deputados .................................................12 milhões 349 mil Euros

2 - Ajudas de Custo de Deputados.............................................2 milhões 724 mil Euros

3 - Transportes de Deputados ...................................................3 milhões 869 mil Euros

4 - Deslocações e Estadas .........................................................2 milhões 363 mil Euros

5 - Assistência Técnica (??) .......................................................2 milhões 948 mil Euros

6 - Outros Trabalhos Especializados (??) ...................................3 milhões 593 mil Euros

7 - RESTAURANTE,REFEITÓRIO,CAFETARIA.................................961 mil Euros

8 - Subvenções aos Grupos Parlamentares................................................970 mil Euros

9 - Equipamento de Informática ................................................2 milhões 110 mil Euros

10- Outros Investimentos (??) ....................................................2 milhões 420 mil Euros

11- Edificios ...............................................................................2 milhões 686 mil Euros

12- Transfer's (??) Diversos (??)................................................13 milhões 506 mil Euros

13- SUBVENÇÃO aos PARTIDOS na A. R. ...........................16 milhões 977 mil Euros

14- SUBVENÇÕES CAMPANHAS ELEITORAIS ..................73 milhões 798 mil Euros

NO TOTAL a DESPESA ORÇAMENTADA para o ANO de 2010, é :? 191 405 356,61 (191 Milhões 405 mil 356 Euros e 61 cêntimos) - Ver Folha 372 do acima identificado Diário da República nº 28 - 1ª Série -, de 10 de Fevereiro de 2010.



É VERGONHOSO....,O POVO É QUE TEM DE PAGAR !!!!!!!!!!!! SÃO ESTES QUE FALAM EM NOME DO POVO E DOS INTERESSES DO PAÍS.

CAVACO E A SLN, CAVACO E O BPP -Mais um caso de POLICIA

Tenho umas perguntinhas a sugerir à nossa prestimosa comunicação social, que anda sempre com falta de assuntos e é muito distraída.

A quem é que Cavaco e a filha compraram, em 2001, 254 mil acções da SLN, grupo detentor do BPN?
O PR disse há tempos, em comunicado, que nunca tinha comprado nada ao BPN, mas «esqueceu-se» de mencionar a SLN, ou seja, o grupo que detinha o Banco.
Como as acções da SLN não eram transaccionadas na bolsa, a quem é que Cavaco as comprou?
À própria SLN?
A algum accionista?
Qual accionista? (Sobre este ponto, ver adiante.)
Outra pergunta que não me sai da cachimónia:
Como é que foi fixado o preço de 1 euro por acção?
Atiraram moeda ao ar?
Consultaram a bruxa?
Recorreram a alguma firma especializada?
Curiosamente, a transacção foi feita quando o BPN já cheirava a esturro, quando o Banco de Portugal já «andava em cima do BPN», ao ponto de Dias Loureiro (amigo dilecto de Cavaco e presidente do Congresso do PSD), ter ido, aliás desaconselhado por Oliveira e Costa, reclamar junto de António Marta, como este próprio afirmou e Oliveira e Costa confirmou.
Outra pergunta:
Cavaco pagou?
E se pagou, fê-lo por transferência bancária, por cheque ou em cash? É importante saber se há rasto disso.
Passaram dois anos.

Em carta de 2003 à SLN, Cavaco alegadamente «ordenou» a venda das suas acções, no que foi imitado pela filha. Da venda resultaram 72 mil contos de mais valias para ambos. Presumo que essas mais valias foram atempadamente declaradas ao fisco e que os respectivos impostos foram pagos. Tomo isso como certo, nem seria de esperar outra coisa.

Uma coisa me faz aqui comichão nas meninges. Cavaco não podia «ordenar» a venda das acções (como disse atrás, não transaccionáveis na bolsa), mas apenas dizer que lhe apetecia vendê-las, se calhasse aparecer algum comprador para elas. A liquidez dessas «poupanças» de Cavaco era, com efeito, praticamente nula. Mas não é que o comprador apareceu prontamente, milagrosamente, disposto a pagar 1 euro e 40 cêntimos de mais valia por cada acção detida pela família Cavaco, quando as acções nem cotação tinham no mercado.
E quem foi o benemérito comprador, quem foi?
Com muito gosto esclareço, foi uma empresa chamada SLN Valor, o maior accionista da SLN.
Cito o Expresso online:
«Cavaco Silva e a filha deram ordem de venda das suas acções, em cartas separadas endereçadas ao então presidente da administração da SLN, José Oliveira Costa. Este determinou que as 255.018 acções detidas por ambos fossem vendidas à SLN Valor, a maior accionista da SLN, na qual participam os maiores accionistas individuais desta empresa, entre os quais o próprio Oliveira Costa.»
Ou seja, Oliveira e Costa praticamente ofereceu de mão beijada 72 mil contos de mais-valias à família Cavaco. E se foi Oliveira e Costa também a fixar o preço inicial de compra por Cavaco, então a coisa é perfeitamente clara.
Que terá acontecido entre 2001 e 2003 para as acções de uma empresa que andava a ser importunada pelo Banco de Portugal terem «valorizado» 140 %?
Falta, neste ponto, esclarecer várias coisas, a primeira das quais já vem de trás:
1. a quem comprou Cavaco e a filha as acções?
2. terá sido à própria SLN Valor, que depois as recomprou?
3. porque decidiu Cavaco vendê-las? Não tendo elas cotação no mercado, Cavaco não podia a priori esperar realizar mais-valias.
4. terá tido algum palpite, vindo do interior do universo SLN, só amigos e correligionários, para que vendesse, antes que a coisa fosse por água abaixo?
5. terá sido cheiro a esturro no nariz de Cavaco? Isso é que era bom saber!
6. porque quis a SLN Valor (re)comprar aquelas acções? Tinha poucas?
7. como fixou a SLN valor o preço de compra, com uma taxa de lucro bruto para o vendedor de 140% em dois anos, a lembrar as taxas praticadas pela banqueira do povo D. Branca?
E já agora, se Cavaco Silva é tão preocupado com a pobreza e a inclusão dos cidadãos mais desvalidos, por que não aufere apenas o ordenado de Presidente da República?!
Será porque é mal pago e tem que acumular com as reformas de Professor, de funcionário do Banco de Portugal e de primeiro-ministro e Deputado?!
Se estivesse sinceramente preocupado com os pobres e a recuperação das finanças do Estado, não deveria e poderia dar o exemplo e renunciar às reformas enquanto estivesse no activo?! Antes do Governo do dito senhor era assim, só se auferiam as reformas depois de deixar completamente o activo e os descontos eram englobados e pagas numa única prestação!
Que espera o professor para dar um exemplo de Catão como é o do seu apoiante Ramalho Eanes, o único que renunciou ao pagamento de muitos milhões que o Estado lhe devia?
Afinal o dinheiro de todos e que é dos nossos impostos tem um valor muito diferente, consoante a moral dos governantes sérios e dos que se governam …
Por hoje não tenho mais sugestões de perguntas à comunicação social.
HONESTO ????? só se com o  novo acordo ortográfico mudaram esse significado..... VERGONHOSO

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Que merda é esta vida de Solidão?! Adeus Amigo do Adeus !!

João Manuel Serra morreu aos 79 anos. Ficou conhecido por cumprimentar toda a gente que passava na zona do Saldanha.


João Manuel Serra, o "Senhor do Adeus", morreu ontem aos 79 anos. João ficou conhecido dos lisboetas por todas as noites acenar aos carros e às pessoas que passavam perto da zona do Saldanha, sempre com um sorriso estampado na cara e impecavelmente vestido.

Esta era a fórmula do "Senhor do Adeus" para afugentar a solidão. "Essa senhora é uma malvada, que me persegue por entre as paredes vazias da casa. Para lhe escapar, venho para aqui. Acenar é a minha forma de comunicar, de sentir gente", disse numa entrevista à revista "Única", do Expresso.


"Venho para a Praça Duque de Saldanha desde que fiquei nas mãos de não ter ninguém. Nasci aqui perto, na casa da minha avó. Um palacete bonito que o Calouste Gulbenkian quis comprá-lo. A vida dá estranhas voltas, o meu destino é acenar a quem me cumprimenta. Estou sujeito a que me chamem maluco, mas não me importo. Da minha solidão sei eu", acrescentou.

João Manuel Serra era um amante de cinema. E todos os domingos ia ao El Corte Inglés assistir a um filme na companhia de Filipe Melo, músico de jazz e realizador, e Tiago Carvalho. Posteriormente, João Serra fazia um comentário do filme no blogue "O Senhor do Adeus".

"Soube agora que o meu grande amigo João Serra, o famoso Senhor do Adeus, faleceu. Conheci-o há cerca de 7 anos e desde então fomos todos os domingos ao cinema - O João, o Tiago Carvalho e eu. Ficámos todos muito próximos e os domingos à noite eram o oásis da nossa semana", escreveu o realizador no seu blogue.

"Todos os dias, o João dizia adeus às pessoas. Era assim que assim fazia as pessoas felizes e que as pessoas lhe retribuíam essa felicidade. Era um dos meus melhores amigos, e terei muitas saudades das nossas idas ao cinema e de o ver a sorrir e a trazer alegria a todos os que o rodeavam. Como dizia o João: 'Até sempre!'", acrescentou Filipe Melo.

No cinema, João Manuel Serra participou no filme "I'll See You In My Dreams", projecto de Filipe Melo, e na televisão na série "Mundo Catita". A figura do 'Senhor do Adeus' esteve igualmente presente na banda desenhada, nas "Aventuras de dog Mendonça e pizzaboy", de Filipe Melo e Juan Cavia.

O 'Senhor do Adeus' inspirou uma música do mais recente disco do fadista Marcos Rodrigues, 'Tantas Lisboas', chamada "O Homem do Saldanha", com letra de Boss Ac, música de Tiago Machado e interpretada por Carlos do Carmo e Marco Rodrigues .

O último filme que viu foi 'A Rede Social', de David Fincher, no passado domingo.

Somos todos um pouco como  o "Senhor do Adeus", mas sem coragem.

ATÉ SEMPRE meu caro João!!!!  ( Numa das Avenidas do Restelo)

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Obrigado Senhores Politicos, obrigado senhores Governantes, Obrigado 25 de Abril

Ficaram sem ter como pôr comida na mesa e começam agora a engrossar as filas nas instituições que prestam ajuda assistencial. Muitos dos 280 mil portugueses que dependem dos cabazes do Banco Alimentar contra a Fome são da classe média. Tinham emprego, férias, acesso à net e tv por cabo, cartão de crédito. Ficaram com uma casa para pagar ao banco, um subsídio de desemprego que tarda a chegar - quando chega - ou que já acabou. Um carro que já não sai da garagem.
É pelas idades e roupas mais cuidadas que se notam os novos utentes .
Chegam à Assistência Médica Internacional (AMI), à Caritas ou às Misericórdias e pedem comida, ajuda para pagar os livros dos filhos, a mensalidade da casa, a conta da farmácia. Pedem, sobretudo, que não lhes divulguem o nome, porque nunca se imaginaram na posição de quem faz o gesto de estender a mão a pedir ajuda. "São pessoas que [nas cantinas comunitárias] comem viradas para a parede, têm vergonha de ser vistas ali, se lhes perguntamos o nome, fogem...", ilustra Manuel Lemos, o presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), em cujos refeitórios comunitários (que substituíram as velhíssimas sopas dos pobres) "a procura aumentou entre 200 a 250 por cento".
Ainda nos refeitórios das misericórdias, as médias etárias baixaram "dos 65 ou mais para os 42 anos ou menos", calcula Manuel Lemos. E que quem ali vai já não são só os sem-abrigo, os velhos e os inempregáveis do costume. Prova-o a forma como se vestem. "São pessoas arranjadas e cuidadas, nota-se que já tiveram a vida mais equilibrada. Ficaram desempregadas, ou aconteceu-lhes outro qualquer desarranjo, mas naturalmente não deitaram a roupa fora...", conjectura o padre Rubens, da Igreja do Marquês, no centro do Porto, onde noite sim, noite sim, comem cerca de 200 pessoas, num serviço que foi concebido no ano passado para 40 (ver texto ao lado).
Na maioria das vezes, os pedidos chegam por email. "Desde o ano passado que nos chegam pedidos de professores, advogados, engenheiros: profissões que nada fazia prever que precisariam de ajuda institucional", diz Daniela Guimarães, educadora social na Cáritas do Porto. Por causa destes novos utentes, a Cáritas ampliou a sua oferta, que era alimentar e de vestuário. "Este ano criámos apoio medicamentoso, e, entre Janeiro e Outubro, investimos 5063 euros em medicação. Os apoios pontuais para pagar a água, a luz ou renda também não existiam, mas as pessoas começaram a chegar aqui já com a luz cortada ou com as casas em situação de execução fiscal e tivemos que começar a intervir aí também."
Na distribuição de roupa também houve alterações. "As terças-feiras à tarde continuaram a ser maioritariamente para os sem-abrigo e depois abrimos mais um dia para as outras pessoas que sempre viveram bem e que de repente...". E que repente ficam com os bolsos vazios a sugerir a necessidade de um emprego. Pessoas que, mesmo com emprego, de repente baixam a cabeça para contar que o dinheiro já não chega sequer para o café diário. "Há dias uma funcionária pública contava-me que, perante as colegas, disse que o médico a proibira de tomar café, porque tinha vergonha de assumir que não tinha dinheiro para as acompanhar."
Na maior parte das vezes, os pedidos chegam quando a retaguarda familiar já se desmoronou. E depois há "os recibos verdes, que não se encaixam nas "gavetas", porque não preenchem os requisitos para nenhum tipo de apoio", nota Daniela Guimarães.

Fechados em casa com fome

Menos mal quando pedem ajuda. Nos centros Porta Amiga, da AMI, 7026 pessoas pediram apoio social no primeiro semestre de 2010. Cerca de 75 por cento do total de 2009. A maioria entre os 21 e os 59 anos, ou seja, com idade para estar a trabalhar. Mas a coordenadora regional do Porto da AMI, Cristina Andrade, lamenta é pelos que não chegam a sair de casa. "Há muita gente fechada em casa, a passar fome. Com vergonha de sair porque nunca na vida pensaram ter que recorrer a uma instituição. Antes de cá chegarem, já venderam o recheio da casa, acumularam dívidas e só vêm quando as coisas estão em tribunal ou quando não têm para dar de comer aos filhos", relata. E insiste numa ideia que há-de repetir várias vezes: "Pedir ajuda é um direito, as pessoas têm que perder a vergonha de o fazer."

Não é algo que vá acontecer facilmente, na óptica do sociólogo Elísio Estanque. "Há aqui uma inconsistência de status. Do ponto de vista simbólico, as pessoas criaram uma imagem e um estatuto de classe média, mas agora vêem-se aflitas porque os orçamentos deixaram de cobrir os consumos a que estavam habituadas, e, portanto, deixaram de ter meios para responder em coerência com essa expectativa simbólica." "Escondem-se, porque ninguém gosta de ostentar a sua miséria, muito menos pessoas que tinham projectado para o exterior um estatuto diferente", especifica o autor do estudo Classes e Desigualdades Sociais em Portugal, publicado em 1997, em co-autoria com José Manuel Mendes. A situação actual só surpreende quem não andou atento aos números. Em 2003, o INE dizia que 20,4 por cento da população estava em risco de pobreza, ou seja, tinha rendimentos inferiores a 414 euros mensais. Em 2008, José Sócrates orgulhava-se de ter reduzido essa taxa para os 18,9 por cento. Se tivéssemos olhado para aqueles números antes das transferências sociais, percebíamos que a taxa de pobreza tinha aumentado na realidade de 41,3 por cento, em 2003, para os 41,5 em 2008. Agora, "o cenário está pior, com um peso muito maior de desempregados entre os pobres", reflecte Bruto da Costa, sem, contudo, arriscar números. Para percebermos como chegamos aqui temos que recuar alguns anos. "Por causa do crescimento económico, do desenvolvimento da administração pública e de um processo de concentração urbana muito brusco, entre outros factores, os trabalhadores começaram a acreditar que podiam pertencer à classe média e isso, aliado à facilidade de crédito, ajudou a que ficassem mais disponíveis para a compra de casas, assim como para os empréstimos para aquisição de carros, telecomunicações, equipamentos de longa duração. Tudo isso criou a ilusão de que a condição de classe média era sólida e estável. Ora, na verdade isso nunca aconteceu, porque as pessoas estavam era endividadas e o que esta crise está a provocar agora é um enorme defraudar dessa expectativa", acentua Estanque. Voltamos aos números: em Agosto, o incumprimento no crédito à habitação ascendia aos 1.957 milhões. E a casa é a última coisa que as pessoas deixam de pagar. "Enquanto tiverem um tecto não são sem-abrigo e conseguem esconder a miséria em que vivem", sublinha Cristina Andrade. No crédito ao consumo, a taxa de incumprimento é um pouco maior: sete por cento do total, ou seja, 1232 milhões de euros. Estanque olha para estes números e vê "uma classe média minimalista que está a atrofiar-se muito rapidamente". No mesmo sentido vai a análise do sociólogo Boaventura Sousa Santos. "A classe média é composta por aqueles que conseguem planear a vida, a ida dos filhos para a universidade, a compra do carro, as férias. Ora, as condições que tornaram possível o seu aparecimento estão a ser destruídas", constata, para concluir que, "se as democracias valem o que vale a classe média, então é evidente que a democracia portuguesa está a cometer suicídio"

Quero agradecer aos senhores Politicos que chulam este País desde o 25 de Abril de 1974 e agradecer especialmente aos Palhaços dos deputados que andaram e andam pela Assembleia da Républica-
OBRIGADO !!!!!!